Pessoal, hoje eu compartilho com vocês um texto muito bacana escrito pela querida dupla Renata e Thiago do Bangalô Dog Hostel. Essa é uma leitura bacana que traz sérias reflexões sobre o papel do profissional que trabalha nessa área, e aonde está nossa real responsabilidade com as famílias que buscam esse serviço.

Vamos aquecer para o curso?

Montar um negócio de cachorros não é só gostar de cães, é uma responsabilidade enorme, não só no trabalho cotidiano, treinos e entrega de resultado, mas na responsabilidade pela educação das PESSOAS. Quando você lida com os cães dos outros, todos os dias, seja numa escola, atendimento domiciliar ou qualquer outro serviço, você tem muita responsabilidade sobre a forma como esses tutores enxergam os próprios cães e a espécie, como um todo. Os cães são animais institntivos e predatórios que inserimos no nosso convívio. Precisamos orientar orientar os tutores o que isso significa.

Todos os dias você tem a oportunidade de contribuir com a sociedade esclarecendo a maneira REAL que os cães enxergam a vida e as suas famílias. Você tem a oportunidade de dizer para as pessoas que a relação com os cães ultrapassa comida, carinho e brinquedo e que requer razão, responsabilidade, tempo e respeito.

Se o relacionamento tutor e cão for alimentado somente pelo emocional, talvez esse cachorro desenvolva hábitos difíceis de lidar, simplesmente porque jogamos ele na nossa fogueira particular e social sem a orientação necessária. E o fim dessa história, muitas vezes, é o abandono de cães. Cruel, né? Exagero? Não é.

A verdade é que os cães são abandonados todos os dias não só porque as pessoas são ruins e ponto. Mas também por pura ignorancia sobre o que fazer com esse cachorro e com o problema que ele vem apresentando.

As pessoas não sabem nem por onde começar essa relação e com todas as dúvidas, e a falta de informações de QUALIDADE colocam toda a sua emoção aonde deveria existir muita razão.

Todos os profissionais que atuam na área deveriam ter a obrigação de entender a responsabilidade imensa diante de uma sociedade que tem pouca ou nenhuma cultura canina. E pior, uma sociedade bombardeada de romantização de "pets".

Nós não devemos ser mais um personagem para confundir. Quanto vale essa relação com o cliente a longo prazo?

O que você profissional está atingindo com o seu trabalho? Você está perdendo ou ganhando a oportunidade de esclarecer mais uma família e auxiliar um animal? Reconhece a sua responsabilidade com a natureza desses animais?

A sua relação com clientes e com o público, principalmente nas redes sociais, é em troca do que? Likes? Informação? Clientes? Ego? Um pouco de todos? Tem espaço para resultados mais construtivos para sociedade e para os cachorros? O que será que dá mais certo? E o retorno, vem?

Vale a reflexão.

Para mergulhar fundo no universo de grupos de cães, o trabalho, a dinâmica, o negócio e muito mais, não percam a edição do novo curso que acontece em Março de 2020. Todos os detalhes vocês encontram nesse link. Nos vemos lá!